A Arte da Performance

Fluxus

John Cage. Water Walk, 4'27''. 1960 Vídeo, em:  http://www.youtube.com/watch?v=aLZ7yVszwgk


O movimento Fluxus, centrado num grupo de artistas europeus, americanos e asiáticos, esteve activo entre os inícios da década de 60 e os meados da década seguinte. O termo, usado pela primeira vez por George Maciunas, um dos fundadores desta corrente estética, procurava exprimir uma ideia de ciclo e de perpetuação da actividade artística. As suas manifestações preferidas eram os 
hapennings (fusão de arte, dança e teatro executada para audiências públicas ou privadas), as performances interactivas, onde o público era convidado a participar, o vídeo e a poesia, os objects trouvés . 
O movimento Fluxus pretende negar as barreiras entre os distintos campos e expressões artísticos, procurando potenciar e despoletar a criatividade latente no ser humano. Tornou-se assim evidente o parentesco com as práticas Dada, na sua intenção de negar o objecto artístico, colocando-se contra a utilização da arte como mercadoria. 
Os objectivos eminentemente sociais procuram levar a arte a um público vasto, através de actividades que eliminavam a tradicional prática artesanal do artista. Neste aspecto torna-se precursor da 
Performance Art e da Arte Conceptual que se desenvolveriam nas décadas de 60 e 70. 
Dentre os artistas que integraram este movimento destacam-se Nam June Paik, artista coreano-americano que desenvolveu bastantes trabalhos em vídeo e performances musicais, Emmet Williams, Dick Higgins, Al Hansen, Charlotte Moorman, Yoko Ono e, de certa forma, o alemão Joseph Beuys. Reunia, para além de artistas plásticos, alguns músicos, como John Cage.



Fluxus. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-01-05].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$fluxus>.



Picture
Joseph Beuys. Como explicar quadros a uma lebre morta. 1965


Imagem (topo): Joseph Beuys. I Like America And America Likes Me. 1974 Fonte: http://musingsofanartstudent.blogspot.com/2010/12/artist-review-19-joseph-beuys.html  Mais informação em: http://www.tate.org.uk/modern/exhibitions/beuys/room4.shtm